quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Treino das emoções - Desenvolvimento Relacional


Costuma desenvolver relacionamentos amorosos complicados? Já pensou que a culpa pode ser sua?
Melhorar um relacionamento, implica necessariamente que ambos, tenham maturidade e consciência para reconhecerem as falhas  e, humildade para pedirem desculpa quando fazem algo de errado.

Acontece que muitas pessoas costumam culpar os outros pelas dificuldades que surgem na relação. Responsabilizam a pessoa que têm ao seu lado pelas falhas, mas quase nunca aceitam os seus próprios erros. Isso costuma acontecer com alguma frequência e está convencida de que o mau funcionamento ou o fracasso das relações é condicionado pela escolha das pessoas erradas? Este artigo pode ajudar a clarificar algumas situações. 
É importante analisar a razão pela qual isso acontece. Serão sempre as outras pessoas a falhar? Mas a única pessoa que permanece em todos os relacionamentos é você!
Uma relação é construída por duas pessoas com personalidades distintas. Poderá ser só uma das pessoas a falhar? Não é provável que isso aconteça. Existem maiores probabilidades de uma delas cometer erros mais vezes.
Podem existir várias situações prováveis, até pode acontecer que uma cometa mais erros e consequentemente que o outro parceiro esteja mais vezes certo. Poderá haver alturas em que estão os dois certos. Por último poderão ambos estar errados, mas nenhum deles quer ou consegue reconhecer ou admitir que falhou. Seguindo esta linha, isso implica que ambas erram e acertam em maior ou menor percentagem.
A melhoria da relação deve ser baseada na procura de um equilíbrio, envolvendo atenção permanente de ambos.
A responsabilidade do bom ou mau funcionamento da relação nunca será simplesmente só de um, se ambos a desejam e pretendem fortalecer a ligação. Mas, se não se esforçarem os dois, sendo só uma das partes a querer realmente construir uma relação sólida, o resultado mais provável é que a relação estagne, não consiga fluir… até ao momento em relação começa a morrer aos poucos.
Após essa fase, principalmente se não existir comunicação entre o casal, um começa a sentir-se insatisfeito e o outro acaba por reagir de igual modo.
Começa assim a fase dos problemas e dos conflitos permanentes. É o que ocorre quando os dois não estão em sintonia ou não se empenham com o mesmo vigor, na sua construção da relação. A casa desaba à mínima tempestade, porque não tem uma estrutura forte para continuar.
Começa a fase em que se culpabiliza o outro por tudo o que de mau acontece. Nenhum assume os seus erros pelo mau funcionamento da relação, como se apenas um deles fosse o responsável por tudo o que aconteceu até aí.
Qualquer relacionamento tem bons e maus momentos, altos e baixos, mas para se construir um bom relacionamento, tem de existir flexibilidade, tolerância, boa comunicação e a aceitação de que o outro não pode ser sempre perfeito. É importante evitar opiniões formatadas, juízos de valor, comparações com pessoas de vivências passadas e estereótipos. É fundamental existir vontade de reequilibrar a relação.
Resolva os problemas à medida que forem surgindo, não guarde as pedras no sapato ou vai ter dificuldade em caminhar. Esclareça todas as questões e fale do que sente. Isso é sempre importante! 
A comunicação e o diálogo construtivo é sempre o melhor caminho para a resolução de problemas. Evite acumular tudo o que incomoda. Se isto costuma acontecer, é fácil adivinhar o resultado! Um dia, alguém vai acabar por rebentar quando menos se espera, agravando, assim, os efeitos colaterais.
Procure não tentar adivinhar o que a outra pessoa deseja. Se tem dúvidas, pergunte! Deste modo, livra-se de inquietações. Não espere que passe ou arrisca-se a ver um grão de areia transformar-se numa rocha onde nada poderá existir - muito menos o amor.
Ter consciência das razões pelas quais os relacionamentos anteriores não funcionaram e analisar as suas falhas será certamente a melhor forma de, futuramente, conseguir ter a relação desejada!
Mas após tantos encontros e desencontros, chega uma altura da nossa vida em que é preciso analisar melhor as razões que contribuíram para o fracasso dos relacionamentos anteriores. Repensar sobre os motivos que originaram relações tão complicadas.
Quando esse trabalho não é realizado, contribuí em muitos casos só para aumentar defesas, receios e medos, consequência das marcas profundas das anteriores relações, condicionando a permeabilidade a novos relacionamentos.
E porque somos seres sociais, todos nós precisamos de ter alguém ao nosso lado para amar. Mas saber amar é uma arte que se aprende e desenvolve. Se tem essa perceção ou questões internas por resolver, acredite que, na maior parte das vezes, só com ajuda profissional poderá encontrar as respostas para esses desencontros. Adiar só agrava e aumenta o sofrimento.
Quanto mais eu me conheço, mais melhoro e, consequentemente, melhores relações atraio! Se isto faz sentido para si, SINTA primeiro, escute o seu coração, não se culpe pelos fracassos, este é o caminho a seguir – Basta querer!
Inscrições para grupos terapêuticos de Treino das emoções, com o objetivo de aprender a desenvolver uma estrutura emocional forte, por forma a criar relações mais saudáveis.
Será realizado em pequenos grupos, máximo de 6 pessoas.
Vantagens de ser em grupo:
-Preços mais acessíveis;
- Melhor eficiência na orientação para as dificuldades a ultrapassar;
-Troca de experiências emocionais, o que potencia mudanças mais rápidas.
Horários: Quinta-feira, Sexta às 18h:30m.
Duração: 1 vez por semana – 1h:30m.
Custo: 7,5€ por sessão (Inscrição mensal).
Local: Lisboa


quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Sofre de timidez ou de fobia social?


Costuma sentir elevada ansiedade, suores, falta de ar, aumento da frequência cardíaca  quando está na presença de outras pessoas?  Costuma corar, ficar com as mãos transpiradas, sentir a boca seca e dificuldade em falar? Procure perceber se é por ser uma pessoa mais reservada ou se sofre de fobia social.
 

A timidez é um estado natural que impede a normal evolução das relações sociais, algo essencial ao ser humano. Deriva da ansiedade, mais concretamente, do medo de estar exposto aos outros e comunicar com eles, principalmente em contextos pouco familiares ou em situações às quais não se está habituado, como acontece por exemplo numa entrevista de emprego.

Este medo pode ter intensidades diferentes, umas sentem maior desconforto e ansiedade do que outras no momento em se sentem expostos. Em função dessa ansiedade, podemos as distinguir, dois tipos de pessoas, as mais reservadas e as que sofrem de fobia social.

No caso da fobia social ou timidez social, os sintomas são muito mais limitantes por existir medo ou ansiedade intensa em vários contextos diários que conduzem, muitas vezes, a estados depressivo em que a pessoa modifica muitas das suas rotinas e se afasta de interações sociais, podendo chegar ao isolamento.

O motivo desse isolamento ou afastamento é a crença das pessoas em serem inferiores, sentindo assim um pavor de serem agredidas ou humilhadas no contacto com os outros, por exemplo, quando no passado sofreram situações traumáticas, no seu contacto social, actualmente podem sentir repulsa a estas (vítimas de bullying). Muitas vezes, estes receios desenvolvem-se sem a pessoa ter consciência do que está a acontecer e aumentam gradualmente, podendo causar enorme sofrimento e levar ao já referido isolamento. 

As pessoas que sofrem de fobia social apresentam características de submissão, são pouco comunicativos e assertivos, evitam a todo o custo falar sobre si, costumam ter fraco contacto visual e tom de voz. Socialmente é frequente recorrerem a bebidas alcoólicas ou a outro tipo de substâncias, por forma a diminuir a sua inibição. 

Estes tipo de sintomas influenciam e muito, muitas das actividades diárias. Muitas vezes condicionam a procura de emprego e o seu desempenho profissional ou escolar, veja-se o caso de querer evitar todos os locais de trabalho que impliquem contacto com outras pessoas! 

É importante fazer o diagnóstico e procurar ajuda quando a ansiedade e os receios interferem na rotina diária e afectam o relacionamento interpessoal. É necessário procurar ajuda para conseguir a libertação dos medos da exposição social, por forma a encontrar as causas inconscientes deste comportamento.

Os casos de Fobia Social podem originar estados depressivos muito limitadores, como Depressão profunda, impedindo a pessoa de estabelecer qualquer tipo de contacto social.

O tratamento desta perturbação é importante para que a pessoa consiga voltar a ter uma vida normal e, sinta novamente harmonia e tranquilidade no contacto com os outros. Desta forma, é aconselhável recorrer a um psicoterapeuta para efectuar o diagnóstico e iniciar o tratamento o mais cedo possível, ajudando a pessoa a libertar-se da sua timidez social.

Maria Pascoal